5 de set. de 2010

Luan Santana carrega 8.500 pessoas em seu "meteoro da paixão"

Luan Santana carrega 8.500 pessoas em seu "meteoro da paixão"

Luan Santana carrega 8.500 pessoas em seu "meteoro da paixão"
Cantor se inspira em Madonna e sobrevoa público em show no Rio
de Janeiro; confira entrevista exclusiva ao iG...


 
 

       

       

  
 

Esta foi a segunda vez de Luan Santana cantando no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. Na primeira, em março, o público não era suficiente para encher nem a metade da casa de espetáculos localizada na Barra da Tijuca. Na noite de domingo (1), o que se viu foi bem diferente. Ingressos esgotados desde cedo, filas intermináveis de fãs com faixas e cartazes e um engarrafamento na principal via de acesso ao local.

Nem o próprio Luan parecia acreditar no que via, já no palco, após duas horas de atraso para o início da apresentação. “Caramba, que bom que dessa vez vocês vieram. Da outra vez, éramos muito poucos. É sinal de que estamos fazendo um bom trabalho”, disse.

Histeria juvenil

Esqueça as músicas com temática de dor de cotovelo. Em mais de duas horas de show, o que se viu no palco é um som estridente de guitarras, amplificadores, bateria e, ainda que timidamente reservada para apenas um número musical, três violas. Apesar de se considerar um cantor sertanejo, Luan faz um show pop.
Com direito a telões com imagens de flores e geometrias psicodélicas, fumaça – muita fumaça, e um recurso de suspensão aérea, que o projeta a uma altura de mais de dez metros, fazendo-o sobrevoar até o meio do público. Não é difícil imaginar a histeria que ele provocou nas mais de 8.500 pessoas que lotaram a casa de espetáculos. A maioria delas composta por meninas de até 15 anos.
De acordo com a organização, ao final da apresentação o ambulatório atendeu 14 jovens que passaram mal. Mais um sintoma da lotação máxima do lugar somada à comoção que o cantor provoca na garotada, que não para um instante de pular ao som de “Você não sabe o que é amor”, “Tô de cara” e, claro, “Meteoro”.

Inspiração em Madonna

A inspiração para o “voo”, exclusividade para o show carioca, ele não nega, veio de Madonna. “Ela já fez isso, né? Acho bacana, tem a ver com a música”, diz o campo-grandense, em referência à canção “Vou Voar”, que canta enquanto passeia de pernas pelo ar sobre as cabeças de fãs, iluminadas por suas máquinas digitais. Todo mundo quer ter uma foto dele de perto.
Mas o momento “Superman” é um dos desfechos do show, que se inicia com a música-chiclete “Meteoro”. Logo na abertura, ao surgir no palco vestindo calça jeans justíssima e uma camisa de manga longa listrada, Luan canta os dois primeiros versos da conhecida música. E deixa para o público o trabalho restante. “Te dei o sol, te dei o mar/ Pra ganhar seu coração/ Você é raio de saudade/ Meteoro da paixão”. Dali em diante até o final, Luan teria o público ‘teen’ em suas mãos. Provocando gritos histéricos ao dizer que está solteiro, rebolando com uma das belíssimas backing vocals e jogando toalhas para as primeiras filas imprensadas na grade.
O mercado da música oscila entre modismos variados. Foi-se o modismo dos grupos de pagode, das coreografias sexuais de grupos de axé, das duplas sertanejas. Ainda que a crise da indústria fonográfica faça com que as gravadoras repensem a comercialização de seus artistas, há quem arrisque velhas fórmulas com novas roupagens. Luan Santana é fruto de ambas as teorias. Está inserido no modismo do momento, o do sertanejo universitário; e é uma aposta de sua gravadora (a Som Livre).
O jovem de 19 anos é considerado atualmente um dos artistas que mais vende discos no país. Segundo dados do mês de julho, da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), Luan só perde para o também jovem porém americano Justin Bieber. Seu mais recente CD, o “Luan Santana Ao Vivo” – são dois CDs e um DVD na carreira –, já se aproxima da marca de 200 mil cópias vendidas.
Se este “meteoro” é apenas um modismo passageiro ou veio para ficar, só o tempo irá dizer. Por enquanto o certo é que a estrela do rapaz anda brilhando forte sobre a cabeça da molecada

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